
Uma pesquisa divulgada ontem pelo IBGE mostrou que ainda precisamos avançar muito na questão do saneamento básico. Mas antes é preciso explicar o seguinte. O que é saneamento básico? Vamos recapitular com o exemplo de uma rotina diária básica do brasileiro: Nos acordamos, fazemos nossas necessidades fisiológicas, tomamos banho, realizamos nossa primeira refeição do dia, jogamos o que sobrou no lixo, e vamos trabalhar. Em menos de 2 horas precisamos ter acesso a água encanada, tratamento de esgoto e coleta de lixo.
Então quando se fala em saneamento é preciso explicar que envolve, abastecimento de água potavel, o manejo de água pluvial, coleta e tratamento de esgoto, coleta de lixo, manejo do lixo e resíduos sólidos e controle de pragas ou agentes patogênicos. Então são várias ações que formam um conjunto de medidas sanitárias cujo o objetivo é cuidar da saúde da população. O que o IBGE através da PNSB (Pesquisa Nacional de Saneamento Básico) divulgou ontem, 20, foi o retrato do saneamento no Brasil. Os dados são preocupantes:
- 50,8% dos municípios brasileiros despejam resíduos em lixões a céu aberto. (Quando o correto seria utilizar aterros sanitários já que nos lixões os resíduos geram elementos químicos altamente tóxicos).
- 18% da população, vive em cidades sem nenhum tipo de rede coletora de esgoto.
- Apenas 44% dos domicílios têm acesso à rede geral.
- O País tem hoje 32,2 milhões de casas sem acesso à geral de esgoto.
- Uma pesquisa divulgada em julho pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que apenas 50,6% da população que vive em áreas urbanas no país têm acesso a redes de esgoto, e somente 34,6% do volume de esgoto coletado no Brasil recebem tratamento.
- Já para o IBGE apenas 28,5% da cidades brasileiras tratam o esgoto coletado.
E como estamos, nós mineiros, nessa situação? Um levantamento feito pela Fundação João Pinheiro, em parceria com o Banco Mundial, entre junho e novembro de 2009 revelou que 45% da população do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha não têm acesso à rede coletora de esgoto ou pluvial. No Mucuri e Jequitinhonha 92% da população não tem sequer água canalizada. A pesquisa do IBGE mostrou que em Minas Gerais mais de 30% dos domicílios não são atendidos por rede geral de esgoto, ou seja, estamos na mesma que o restante do Brasil: precisando avançar e resolver de vez a distribuição dos recursos naturais e medidas sanitárias para preservar a vida das pessoas. Essa também é minha luta.
Gilson
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