sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Rodolfo Troiano - Militante do PCdoB e Desaparecido Político

Pouca gente sabe quem foi Rodolfo de Carvalho Troiano em Belo Horizonte, apesar da capital mineira e a capital paulista possuírem uma rua com o nome do militante do PCdoB, vítima da ditadura na década de 70.


Rodolfo Troiano

Natural de Juiz de Fora, 1950, Rodolfo, também conhecido por Mané ou Manoel do "A" por ser combatente do Destacamento A - Helenira Resende - do movimento guerrilheiro. Foi preso, por sua militância no movimento estudantil, na cidade de Rubim e, posteriormente, transferido para o presídio de Linhares, em Juiz de Fora, de onde saiu no final de 1971. Mais tarde Rodolfo se juntou ao grupo que seguiu para a região do Araguaia, para começar uma revolução socialista no Brasil.

Guerrilha do Araguaia foi um movimento revolucionário criado pelo PCdoB no final da década de 60 e início de 70 cujo objetivo era fomentar uma revolução socialista baseada nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa. O rio Araguaia, que nasce em Goiás e cortas o Tocantins, foi palco das operações de combate entre os revolucionários e o exército da ditadura. O grupo era composto por cerca de oitenta combatentes, entre ex-estudantes universitários e profissionais liberais. A grande maioria dos foi morta em combate na selva ou executada após sua prisão pelos militares, durante as operações finais, em 1973 e 1974. Mais de cinquenta deles, entre eles Rodolfo, são considerados desaparecidos políticos. Mas a história pode ter um capitulo final nos próximos dias. Esta semana a Policia Federal coletou amostras de irmãos do militante do PCdoB para serem analisadas e confirmar se entre as ossadas encontradas em março deste ano na região do Taboão, município de Brejo Grande do Araguaia (PA), estão os restos mortais de Rodolfo Troiano. O resultado deve sair em duas semanas e a família aguarda ansiosamente para por fim em uma angustia de mais de 36 anos.

É muito importante ressaltar que somente no governo Lula a morte de vários militantes foi reconhecida. Encontrar os restos mortais é um direito das famílias e também da sociedade que precisa saber a história do seu país e daqueles que lutaram por mudanças profundas na sociedade.

 
Gilson Reis

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