Consciência não tem preço

Uma pesquisa realizada pelo Data Senado em 119 municípios em agosto revelou que 88% dos eleitores consideram a corrupção inaceitável, mesmo quando o político tenha aparentemente feito um bom governo. Em outras palavras a velha frase "rouba, mas faz" está ultrapassada. Outro dado importante: 48% declararam ser contrários à reeleição de políticos. Essa parcela de eleitores deseja maior alternância no poder.

Agora uma informação triste e que merece atenção foi o mapa de delinqüência eleitoral que a Polícia Federal apresentou essa semana para a Justiça combater os crimes eleitorais. O primeiro e segundo lugar, para estados onde mais se registraram crimes eleitorais entre 2006 e 2009, foram RJ e Minas com 16,89% e 9,48% respectivamente.

Segundo a Polícia Federal os crimes mais cometidos são: fraudes em títulos eleitorais; compra ou venda de voto por dinheiro ou vantagem; fraudes contra o exercício do voto no dia da eleição, incluindo boca de urna e corrupção eleitoral e ou abuso do poder econômico.

Mas uma vez apelo para os eleitores não votarem em políticos criminosos. Vocês estarão elegendo um gangster e não um administrador. É lastimável que tanta gente ainda se deixe comprar. Ainda bem que nem todos são assim. Essa semana um amigo contou que interpelou uma jovem que distribuía “santinhos” de uma figura política rejeitada em Minas. Meu amigo perguntou – “Você não tem vergonha de distribuir propaganda desse sujeito?”. A moça sem pestanejar respondeu: - “Tem gente que me xinga quando vou entregar, mas é claro que eu não vou votar nele, só faço meu trabalho”. Consciência não tem preço.

Gilson Reis 65653