Mulheres de 51 países reunidas no 15º Congresso da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), esta semana em Brasília (DF) , promoveram uma caminhada do local do evento – o Centro de Convenções Ulysses Guimarães - até a Praça dos Três Poderes, nesta terça-feira (10), quando entregaram documento com as suas reivindicações à vice presidente do Senado, senadora Marta Suplicy (PT-SP) e à Secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia.
A presidente da União Brasileira de Mulheres (UBM), Elza Campos, que participa do evento, aberto no último domingo (8), disse que os debates e discussões são politizados, de defesa do socialismo e de enfrentamento ao capitalismo e o imperialismo, que vitimizam principalmente as mulheres e meninas.
Ela explicou que todas as deliberações aprovadas no Congresso, que ocorre a cada quatro anos, são encaminhadas aos dirigentes dos países denunciados. É o caso da carta aprovada nesta terça-feira pela libertação dos cinco heróis cubanos presos injustamente nos Estados Unidos, que será encaminhada ao presidente Barak Obama.
O 51º Congresso da FDIM, que prossegue até quinta-feira (12), reúne delegadas e convidadas representantes de 51 países de todos os continentes e será encerrado com adivulgação da Declaração de Brasília.
Ato político
Na noite desta terça-feira será realizado ato político, com a presença da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci , do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e outros ministros, que também receberão o documento de reivindicações e manifestações de apoio das mulheres.
No documento, as delegadas reivindicam intervenções políticas para a construção de uma sociedade de paz, sem pobreza, desemprego, refugiados, prostituição, violência e drogas. As mulheres também apontam as crises econômicas que atingem vários países como agravantes da situação das mulheres e dos jovens.
Prioridade de lutas
A presidente da FDIM, a brasileira Márcia Campos, diz que “as mulheres em todo o mundo, hoje como ontem, estamos eticamente obrigadas a dar prioridade à luta global pela paz para impedir todas as guerras, combatendo as novas ameaças imperialistas que ameaçam a humanidade, quer por ataques diretos a partir da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou formas dissimuladas de neocolonialismo e de exploração dos países imperialistas”.
E acrescenta que “neste momento tão grave que assistimos o incremento de novos cenários de guerra nos países árabes, de desemprego na Europa e Estados Unidos, o aumento escandaloso do tráfico de mulheres para a prostituição nos países mais pobres, uma anunciada crise sem precedente na área energética e alimentar que afeta muitos países na África, Ásia e América Latina, tem no pensamento da FDIM plena atualidade e relevância”.
Luta por salário igual
O documento da FDIM também expressa solidariedade às mulheres brasileiras "que lutam pelo salário igual para o trabalho igual". Para a secretária da Mulher do DF a iniciativa é importante porque insere mulheres trabalhadoras em espaços que eram predominantemente masculinos. "Quebrar esses paradigmas, de que existe 'trabalho de homem' e 'trabalho de mulher', e de que as mulheres podem ser submetidas a salários menores é um desafio que o governo do Distrito Federal está enfrentando", afirma Olgamir Amancia.
"Continuamos com menor acesso aos postos de trabalho e ganhando menos; o desafio de mudar essa cultura, que coloca a mulher em posição inferior no mundo do trabalho, é imenso", avalia Olgamir Amancia.
Apelação da FDIM
Brasília, 10 de abril de 2012
Apelação aos parlamentares membros do Congresso Nacional Brasileiro
A presidente da União Brasileira de Mulheres (UBM), Elza Campos, que participa do evento, aberto no último domingo (8), disse que os debates e discussões são politizados, de defesa do socialismo e de enfrentamento ao capitalismo e o imperialismo, que vitimizam principalmente as mulheres e meninas.
Ela explicou que todas as deliberações aprovadas no Congresso, que ocorre a cada quatro anos, são encaminhadas aos dirigentes dos países denunciados. É o caso da carta aprovada nesta terça-feira pela libertação dos cinco heróis cubanos presos injustamente nos Estados Unidos, que será encaminhada ao presidente Barak Obama.
O 51º Congresso da FDIM, que prossegue até quinta-feira (12), reúne delegadas e convidadas representantes de 51 países de todos os continentes e será encerrado com adivulgação da Declaração de Brasília.
Ato político
Na noite desta terça-feira será realizado ato político, com a presença da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci , do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e outros ministros, que também receberão o documento de reivindicações e manifestações de apoio das mulheres.
No documento, as delegadas reivindicam intervenções políticas para a construção de uma sociedade de paz, sem pobreza, desemprego, refugiados, prostituição, violência e drogas. As mulheres também apontam as crises econômicas que atingem vários países como agravantes da situação das mulheres e dos jovens.
Prioridade de lutas
A presidente da FDIM, a brasileira Márcia Campos, diz que “as mulheres em todo o mundo, hoje como ontem, estamos eticamente obrigadas a dar prioridade à luta global pela paz para impedir todas as guerras, combatendo as novas ameaças imperialistas que ameaçam a humanidade, quer por ataques diretos a partir da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou formas dissimuladas de neocolonialismo e de exploração dos países imperialistas”.
E acrescenta que “neste momento tão grave que assistimos o incremento de novos cenários de guerra nos países árabes, de desemprego na Europa e Estados Unidos, o aumento escandaloso do tráfico de mulheres para a prostituição nos países mais pobres, uma anunciada crise sem precedente na área energética e alimentar que afeta muitos países na África, Ásia e América Latina, tem no pensamento da FDIM plena atualidade e relevância”.
Luta por salário igual
O documento da FDIM também expressa solidariedade às mulheres brasileiras "que lutam pelo salário igual para o trabalho igual". Para a secretária da Mulher do DF a iniciativa é importante porque insere mulheres trabalhadoras em espaços que eram predominantemente masculinos. "Quebrar esses paradigmas, de que existe 'trabalho de homem' e 'trabalho de mulher', e de que as mulheres podem ser submetidas a salários menores é um desafio que o governo do Distrito Federal está enfrentando", afirma Olgamir Amancia.
"Continuamos com menor acesso aos postos de trabalho e ganhando menos; o desafio de mudar essa cultura, que coloca a mulher em posição inferior no mundo do trabalho, é imenso", avalia Olgamir Amancia.
Apelação da FDIM
Brasília, 10 de abril de 2012
Apelação aos parlamentares membros do Congresso Nacional Brasileiro
Nós, mulheres de todos os continentes do planeta, nos reunimos em Brasília, de 8 a 12 de abril no 15º Congresso da FDIM.
Nós reivindicamos:
- As mulheres que são exploradas e duplamente oprimidas em todos os países em que há a forma de produção capitalista;
- As greves da crise econômica capitalista com particular barbaridade contra as mulheres e as pessoas jovens;
- Os capitalistas tomam com extraordinária barbaridade antipopular medidas contra os trabalhadores porque querem que sua crise seja paga pelo povo;
- Nós estamos profundamente preocupadas com os sinais de guerra que estão se reunindo nas rotas de petróleo e gás natural;
- As contradições imperialistas na distribuição dos mercados reservam sérios perigos para as pessoas.
Nós expressamos nossa solidariedade:
- Com as pessoas e mulheres que sofrem com as agressividades do imperialismo;
- Com as mulheres da Palestina, do Mediterrâneo Oriental, Chipre, com as mulheres dos Bálcãs, Europa, África, América Latina e Caribe, e as mulheres de Cuba;
- Com o povo e familiares dos cinco patriotas cubanos que estão injustamente aprisionados nos EUA;
- Com as mulheres brasileiras que lutam pelo salário igual para o trabalho igual.
Nós pedimos:
- Que você una a nossa voz à sua intervenção política a fim de pavimentar o caminho para uma sociedade sem guerras, pobreza, desemprego, refugiados, prostituição, violência e drogas.
- Com as mulheres da Palestina, do Mediterrâneo Oriental, Chipre, com as mulheres dos Bálcãs, Europa, África, América Latina e Caribe, e as mulheres de Cuba;
- Com o povo e familiares dos cinco patriotas cubanos que estão injustamente aprisionados nos EUA;
- Com as mulheres brasileiras que lutam pelo salário igual para o trabalho igual.
Nós pedimos:
- Que você una a nossa voz à sua intervenção política a fim de pavimentar o caminho para uma sociedade sem guerras, pobreza, desemprego, refugiados, prostituição, violência e drogas.
Fonte: Portal Vermelho
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