Centenas de sindicalistas de 21 estados brasileiros e do Distrito Federal comemoraram no último sábado (31), o sucesso que representou o 1º Encontro Nacional das Mulheres Trabalhadoras da CTB. Para participar do evento, que se iniciou na sexta-feira (30), cetebistas do campo e da cidade não mediram esforços e se mobilizaram, vencendo a barreiras da discriminação existente dentro do movimento sindical.
Doquinha saúda as participantes na abertura do Encontro
A mesa de abertura, coordenada por Raimunda Gomes, a Doquinha, secretária da Mulher Trabalhadora, foi composta pelos também dirigentes cetebistas Márcia Machado - vice-presidente e Paulo Vinícius (PV) - secretário da Juventude Trabalhadora, por Maria José, dirigente do Sinpro-DF e secretária de finanças da CTB-DF, Márcia Leporace representante da Secretária Espacial de Políticas para Mulheres (SPM), Isís Tavares, secretária de gênero da Confederação nacional da Educação (CNTE), Rosicléia dos Santos, secretária do Meio Ambiente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), Elza Campos, coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM).
Mesa sobre conjuntura alerta para os impactos da crise e da desindustrialização para as mulheres
O primeiro paínel, que apresentou um proveitoso debate sobre conjuntura, contou com a participação dos dirigentes da Central, Celina Arêas (secretária de formação) e Joílson Cardoso (secretário de Relações Intersindicais), que abordaram o preocupante cenário da desindustrialização e os impactos na vida de trabalhadores e trabalhadoras.
Ainda na parte da amanhã, as mulheres aproveitaram a ocasião para prestar uma homenagem à Dilce Abigail Pereira, primeira secretária da mulher trabalhadora. A dirigente, que esteve na linha de frente de várias lutas das trabalhadoras da CTB, hoje ocupa o cargo de secretária de Turismo do Rio Grande do Sul.
A pioneira da secretaria das Mulheres da CTB agradece à homenagem
No período da tarde, foi a vez das sindicalistas esclarecerem as dúvidas sobre os dois Projetos de Lei da Igualdade de Oportunidades entre Homens e Mulheres no Mercado de Trabalho, que tramitam no Congresso Nacional. José Roberto, assessor do Senador Inácio Arruda, fez um informe sobre o projeto do senado e Doquinha, falou sobre o andamento do PL na Câmara Federal. O assessor parlamentar revelou que o projeto do senado recebeu parecer favorável da senadora, Ana Amélia, relatora do PL na Comissão de Assuntos Sociais. Depois de aprovado o texto segue o para a Comissão de Direitos Humanos do Senado. Há meses as mulheres promovem uma campanha que visa pressionar os parlamentares para a importância da aprovação dos PLs.
Outro tema que mobiliza sindicalistas por todo Brasil é a Reforma Política e o empoderamento feminino. O assunto orientou os debates da mesa, que teve como palestrantes Liêge Rocha (PCdoB) e Dora Pires (PSB). As militantes alertaram para a relevância da presença feminina nos espaços de poder e tomadas de decisões na busca pela igualdade de direitos, assim como a eleição de candidatas comprometidas com a luta das trabalhadoras.
Liêge Rocha reafirma importância do empoderamento feminino
Ao final do primeiro dia, as cetebistas assistiram ao debate sobre o III Plano Nacional de Políticas para Mulheres, com Márcia Leporace - SPM e Olgamir Amâncio - secretária da Mulher do DF. A representante da SPM se colocou à disposição da Central no sentindo de unificar as forças em prol da efetivação das propostas contidas no documento aprovado na Conferência Nacional. Outra promessa feita por ela foi levar a reivindicação da CTB de compor do Conselho Nacional de Politicas para Mulheres à secretária da pasta. “Reivindicação mais do que justa”, apoiou a representante.
Representante da SPM se comprometeu a unir forças com as cetebistas
O segundo dia de discussões foi aberto com uma palestra que “incendiou” a plenária, sobre a participação das mulheres e jovens dentro do movimento sindical, com os dirigentes da CTB, Paulo Vinícius e Doquinha, o presidente da Contag, Alberto Broch e Lucia Maia, da Construção Civil.
O debate, que a princípio era para ser feito com poucas intervenções, superou as expectativas, já que dezenas de mulheres se inscreveram para relatar as dificuldades enfrentadas dentro dos sindicatos em cada região.
“Queremos exigir que se cumpra a cota de gênero nas mesas de negociações. Por que não aparece nas fotos mulheres nas reuniões com a presidenta Dilma? Por que não nos dão espaço, não participamos”, questionou Doquinha ao completar que as mulheres precisam fazer esse enfrentamento dentro do movimento sindical. “Esse fato demonstra a necessidade do empoderamento das mulheres dentro do movimento sindical. Não queremos cargos secundários, mas sim cargos principais. Dirigir as lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras!”.
Como resoluções do evento da discussão, ficou acertada a proposta de defesa da organização de mais cursos de formação específica para as mulheres, já que nos demais cursos oferecidos a participação das mulheres é pequena e a organização de encontros nacionais anuais, que atualmente são realizados de quatro em quatro anos.
A situação das mulheres no mercado de trabalho e nas negociações coletivas foi o tema da última mesa. Com palestra da técnica do Dieese Lilian Arruda, as mulheres receberam orientações acerca de seus direitos e importância de ocupar espaços nos sindicatos para ampliar as propostas de gênero nos acordos coletivos.
Ao final do encontro as mulheres construíram e aprovaram um plano de ação que incluí bandeiras que devem continuar a balizar as ações da central, como a defesa por creches, redução da jornada, aprovação o PL da igualdade no mundo do trabalho, efetiva aplicação da lei Maria da Penha, ampliação da licença maternidade para 180 dias, Reforma Agrária, luta pelas delegacias da mulher, unicidade, dentre outras. O documento será submetido à aprovação da direção plena da CTB Nacional.
“O objetivo de estimular as mulheres a disputarem os espaços de poder foi alcançado. Fechamos com chave-de-ouro, pois a disposição das mulheres (rurais e urbanas) nos impressionou sobremaneira. Agora o próximo passo é tentar efetivar as propostas contidas no documento oriundo do encontro, a partir das ações mais urgentes, como apoiar todas as candidaturas das mulheres nos estado durante o processo eleitoral municipal”, concluiu a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, ao encerrar o encontro.
Portal CTB
O debate, que a princípio era para ser feito com poucas intervenções, superou as expectativas, já que dezenas de mulheres se inscreveram para relatar as dificuldades enfrentadas dentro dos sindicatos em cada região.
“Queremos exigir que se cumpra a cota de gênero nas mesas de negociações. Por que não aparece nas fotos mulheres nas reuniões com a presidenta Dilma? Por que não nos dão espaço, não participamos”, questionou Doquinha ao completar que as mulheres precisam fazer esse enfrentamento dentro do movimento sindical. “Esse fato demonstra a necessidade do empoderamento das mulheres dentro do movimento sindical. Não queremos cargos secundários, mas sim cargos principais. Dirigir as lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras!”.
Como resoluções do evento da discussão, ficou acertada a proposta de defesa da organização de mais cursos de formação específica para as mulheres, já que nos demais cursos oferecidos a participação das mulheres é pequena e a organização de encontros nacionais anuais, que atualmente são realizados de quatro em quatro anos.
A situação das mulheres no mercado de trabalho e nas negociações coletivas foi o tema da última mesa. Com palestra da técnica do Dieese Lilian Arruda, as mulheres receberam orientações acerca de seus direitos e importância de ocupar espaços nos sindicatos para ampliar as propostas de gênero nos acordos coletivos.
Ao final do encontro as mulheres construíram e aprovaram um plano de ação que incluí bandeiras que devem continuar a balizar as ações da central, como a defesa por creches, redução da jornada, aprovação o PL da igualdade no mundo do trabalho, efetiva aplicação da lei Maria da Penha, ampliação da licença maternidade para 180 dias, Reforma Agrária, luta pelas delegacias da mulher, unicidade, dentre outras. O documento será submetido à aprovação da direção plena da CTB Nacional.
“O objetivo de estimular as mulheres a disputarem os espaços de poder foi alcançado. Fechamos com chave-de-ouro, pois a disposição das mulheres (rurais e urbanas) nos impressionou sobremaneira. Agora o próximo passo é tentar efetivar as propostas contidas no documento oriundo do encontro, a partir das ações mais urgentes, como apoiar todas as candidaturas das mulheres nos estado durante o processo eleitoral municipal”, concluiu a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, ao encerrar o encontro.
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