Com um quadro de profunda crise econômica na Europa e com novos atores na cena, reúne-se esta noite a Cúpula do G8 (Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Japão e Rússia), em Camps David, a residência oficial do presidente norte-americano.
Esta será a primeira reunião do G8 para o novo Presidente francês François Hollande, três dias depois de ter assumido o cargo, e para os primeiros-ministros de Itália, Mario Monti, e Japão, Yoshihiko Noda.
Para o presidente anfitrião, Barack Obama, que enfrenta eleições daqui a seis meses, a presença destes novos líderes vem com uma advertência, pois a economia custou o emprego a vários dos seus colegas que estavam naquela reunião nos últimos anos. Os eleitores em seus países têm sido duros com os governantes diante das dificuldades financeiras.
E justamente a crise econômica que assola na zona euro será o tema dominante do debate. A discussão sobre a possível saída da Grécia do euro está na ordem do dia.
Posições diferentes
A expectativa é que se crie uma polarização entre dois caminhos a serem adotados, ou a austeridade defendida por Angela Merkel, chanceler da Alemanha ou os estímulos econômicos, bandeira de campanha do presidente eleito da França, François Hollande.
Com o quadro de agravamento da crise, como conseqüência das medidas até aqui tomadas sob a coordenação de Merkel, a posição de Hollande deve ganhar a adesão da maior parte dos líderes europeus.
Com o risco do isolamento, a chanceler alemã nesta quarta-feira, assinalou numa entrevista televisiva que está "aberta" à possibilidade de um investimentos europeus, como incentivos para a Grécia para ajudar a economia daquele país. De acordo com a assessoria de Merkel, todos defenderam o equilíbrio das finanças da União Europeia na tentativa de obter o crescimento econômico na região.
Outros temas
Além de questões econômicas, estará também em pauta os conflitos causados pela interferência militar externa na Síria. Depois do G8, os líderes viajem para Chicago para uma reunião da OTAN (Organização do Atlântico Norte).
Com os países mais ricos em crise, ficará a expectativa de dscussões mais detalhadas sobre medidas econômicas e regulamentações financeiras que devem ocorrer no encontro do G20, no próximo mês, no México.
Com agências
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