A forma e o conteúdo da comunicação sindical foi discutida nos dias 31 de maio e 1º de junho, em São Paulo, durante o Seminário de Comunicação e Formação da Contee. Dirigentes sindicais e jornalistas de diversas regiões do Brasil acompanharam os dois dias de debate. A coordenadora geral da Contee Madalena Guasco abriu os trabalhos informando sobre a transmissão ao vivo do evento, pela internet, o que permitiu o compartilhamento das discussões com trabalhadores de todo o país, que não puderam marcar presença.
O jornalista Luis Nassif fez a palestra de abertura e falou sobre o crescimento das mídias sindicais e alternativas em contraponto aos veículos convencionais. O jornalista deu dicas para os assessores de imprensa e sindicalistas sobre como melhorar o relacionamento com os veículos de comunicação e citou a postura do portal Vermelho como um exemplo de bom jornalismo. “Eu tenho uma forma simples, seguir o que o Vermelho vem fazendo, pois é baseado no bom jornalismo. O que eles fazem é selecionar as notícias de interesse, fazer um filtro e colocar os pontos de vista em debate. Mesmo com recursos limitados, se cada sindicato fizer este trabalho, com rigor jornalístico, a massa de informação e de fatos objetivos fica enorme. “No final, são os fatos objetivos e bem colocados que fazem a diferença”, afirma.

O diretor de comunicação do Sinpro Minas Aerton Silva destacou a importância do debate sobre a comunicação sindical. “Precisamos estar atentos ao que acontece no mundo da comunicação, pois não basta somente o sindicato se comunicar com sua base. É preciso sempre buscar formação e troca de experiências, para melhor fazer contato com a sociedade, no sentido de levar a todos as pautas da Educação, dos professores, das lutas dos trabalhadores”.
No segundo dia do evento, a mesa: “A comunicação sindical e a democratização da mídia” contou com a participação do presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, e do assessor de políticas públicas da diretoria executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), João Brant.
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Para Altamiro Borges, a comunicação sindical necessita de transformação. Na opinião do jornalista, a linguagem utilizada está envelhecida e tem característica declaratória, com pouca reportagem. “Talvez não estejamos falando a língua dos trabalhadores”, reflete.
Segundo Miro, a melhor forma de lutar pela democratização da mídia é fortalecer a própria mídia dos trabalhadores – os veículos próprios de comunicação e a imprensa alternativa. Além disso, é fundamental lutar por políticas públicas e pela regulamentação do que já está na Constituição Federal a esse respeito. “Estamos num bom momento, pois o Governo Federal finalmente conseguiu “sair das cordas”, em que estava no primeiro ano de mandato”.
João Brant, que também integra o Coletivo Intervozes, falou sobre o complexo processo de formação da opinião pública, explicando que é preciso garantir no país “a igualdade no exercício da liberdade de expressão”. E apresentou como grande desafio para o campo da luta pela democratização da comunicação a necessidade de “falar para fora do movimento e não só para os nossos pares”.
João convidou a CONTEE a somar-se na luta e apoiar a Campanha pela regulamentação da mídia, a partir da construção e aprovação de um marco regulatório para o setor, encabeçada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Após o rico debate, os participantes do Seminário aprovaram moção de apoio total à Campanha pela liberdade de expressão e direito à comunicação do FNDC.
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Para o professor José Carlos Arêas, foi um evento de extrema importância, com excelentes palestrantes e que colocou em debate a importância da comunicação para a luta de ideias. “Fortalecemos a cada dia a articulação entre as mídias sindicais para enfrentar a desinformação da sociedade e a manipulação dos veículos convencionais”.
Com informações do portal da Contee
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