O Professor
Gilson Reis participou nesse sábado (16/06) de um Seminário sobre a Educação em
Belo Horizonte realizado pelo Sindicato dos Professores – Sinpro Minas com a
participação do professor Miguel Arroyo.
A reunião,
de acordo com Gilson Reis serviu para apresentar os dados da educação na cidade
e buscar auxílio para a criação de um documento para subsidiar o debate da mesma
em Belo Horizonte.
O Sinpro
apresentou os dados levantados através de pesquisas e entrevistas realizados.
Um documento que apresenta as políticas educacionais presentes e ausentes na
PBH, no plano de governo da atual administração. De acordo com o estudo, a
educação em BH aparece muito bem apresentada, porém de forma propagandista.
Gilson Reis
demonstrou a vontade que o sindicato tem de propor um Plano Municipal de
Educação, como já ocorre em nível federal e estadual.
O professor
Miguel Arroyo falou da importância de os Sindicatos se mobilizarem a favor de
uma educação de qualidade. “O sindicato são sujeitos de política na educação, e
não vilões”, destacou.
Repensar a educação
Para
Arroyo, o Plano de educação para Belo Horizonte não deve ser baseado nos dias
de hoje, mas deve-se pensar a educação historicamente. Ele afirma que estão
chegando às escolas outra infância, outra adolescência, os que nunca chegaram,
quem nunca teve oportunidade de estudar, como os filhos dos 20 milhões de
miseráveis brasileiros.
O professor
relata que muitos deles estão atrasados em relação ao ensino. “Professores vão
dizer que são lentos. Porém foi a história quem os condenou a uma lentidão
incrível para se ter direito a escola”, afirma.
Arroyo
afirmou que em um Plano Educacional colocaria pontos de debate em relação a
essa nova situação, pois quem sabe sobre essa nova escola, sobre esses novos
alunos são os professores que convivem diretamente e não os gestores. “Os
professores não estão sendo preparados nas faculdades sobre esse processo
histórico do seu povo, sobre os alunos que estão chegando advindos de várias
situações calamitosas. Ninguém os prepara para entender os adolescentes que vão
chegar às escolas”, salientou, afirmando que os profissionais da educação devem
ser treinados para ensinar muito mais que português e matemática, mas vivência
e democratização dos espaços.
Outro ponto
abordado foi a mudança nos paradigmas sociais, como a questão da mulher que
teve que sair de casa pra trabalhar, e deixou a infância sem assistência, assim
como muitos adolescentes que hoje trabalham e são arrimos de família. “É
preciso dar ênfase a quem está chegando às escolas”, salienta Arroyo.
De Belo Horizonte,
Sheila Cristina
Texto e fotos
Nenhum comentário:
Postar um comentário