quarta-feira, 28 de março de 2012

Trabalhadores sem-terra denunciam ameaças a ocupantes de fazenda em Minas Gerais



O Movimento de Luta pela Terra em Minas Gerais denunciou nesta quarta-feira (28) as ameaças sofridas pelos trabalhadores sem-terra que ocupam a fazenda Campanha, na BR 452, km 154, no município de Uberlândia.


A ocupação é feita por 75 famílias que estão amedrontadas com as ameças feitas por pessoas ligadas ao proprietário que passam em carros prometendo tirá-las à força do local. "Certos indivíduos alertam que não vão nem precisar da policia, pois a lei quem faz são eles", revela nota do movimento.


De acordo com o MLT, a polícia ainda não se apresentou na fazenda,aumentando ainda mais a insegurança e preocupação dos líderes rurais, já que o assassinato de trabalhadores sem-terra tem se tornado rotina.


No último sábado (24), três militantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) foram encontrados mortos dentro de um veículo abandonado numa rodovia no distrito de Miraponga, em Uberlândia (MG).


Junto aos três corpos, com marcas de tiros em diferentes partes do corpo, estava uma criança de 5 anos, neta de uma das vítimas, que segundo a polícia militar teria presenciado os assassinatos.
Nesta região do Estado, conhecida como Triângulo Mineiro, existem muitos acampamentos de trabalhadores sem terra, que aguardam serem beneficiados por programas de reforma agrária.


As três vítimas, dois homens e uma mulher, eram coordenadores de um acampamento do MLST. Segundo a polícia, os militantes Valdir Dias Ferreira, 39 anos, e Clestina Leonor Sales Nunes, 47 anos, foram assassinados com tiros na cabeça, e a terceira vítima, Nilton Santos Nunes da Silva, 52 anos, chegou a reagir ao crime.


O MLT divulgou uma nota de repúdio à morte dos trabalhadores e cobra da polícia uma solução imediata para o crime, que culmine com a prisão dos responsáveis.




Portal CTB

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