A maior parte dos trabalhadores obteve no ano passado aumento salarial acima da inflação, segundo pesquisa divulgada hoje (21) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De um total de 702 unidades de negociação registradas em 2011 no Sistema de Acompanhamento de Salários do Dieese, 87% conseguiram reajustes acima da inflação. Apenas 8% foram corrigidos pela inflação e 6% abaixo dela.
De acordo com o Dieese, o resultado confirma a tendência observada nos últimos anos - quando a maioria das categorias profissionais analisadas conquistou aumentos reais para os salários nas negociações de data-base.
O comércio foi o setor que apresentou o maior percentual de negociações com aumento real de salários – cerca de 97%. Somente 2% tiveram reajustes com os mesmos percentuais da inflação e pouco mais de 1% perdas reais.
Na indústria, 90% das negociações foram com aumentos reais e 3% abaixo. Já no setor de serviços, 76% obtiveram aumentos reais, 12% iguais ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e 12% abaixo.
Dentre as categorias de serviços, os que trabalham em bancos e empresas de seguro privados tiveram o segundo maior percentual de reajuste, com 1,78% de ganho real. O maior índice foi obtido pelo segmento do turismo e hospitalidade, com 1,86%.
Preocupação
Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, os dados apresentados pelo Dieese são positivos, mas trazem à tona a vulnerabilidade da economia brasileira na atualidade. “Felizmente houve sucesso nas negociações salariais. Ao lado do reajuste do salário mínimo, esse aumento salarial acima da inflação foi um dos grandes responsáveis para evitar um vexame no PIB do país em 2011”, afirmou o dirigente, referindo-se aos 2,7% de crescimento do Produto Interno Bruto nacional registrado no ano passado.
Wagner Gomes entende que grande parte do sucesso obtido pelas categorias em 2011 se deve ao recente fortalecimento do movimento sindical no país, com maior organização e presença junto ao dia a dia da classe trabalhadora. Além disso, o presidente da CTB entende que os dados do Dieese reforçam a luta das centrais sindicais por mudanças na política econômica do Brasil.
“Só tivemos algum crescimento no ano passado por conta da exportação de commodities e da força do nosso mercado interno, aquecido por esses reajustes salariais. Precisamos continuar reduzindo os juros, mexer no sistema cambial e enfrentar com inteligência os problemas enfrentados por nossa indústria, para evitar um novo ‘pibinho’”, afirmou o dirigente.
Clique aqui para ler a íntegra da pesquisa do Dieese
Portal CTB, com informações da Agência Brasil
De acordo com o Dieese, o resultado confirma a tendência observada nos últimos anos - quando a maioria das categorias profissionais analisadas conquistou aumentos reais para os salários nas negociações de data-base.
O comércio foi o setor que apresentou o maior percentual de negociações com aumento real de salários – cerca de 97%. Somente 2% tiveram reajustes com os mesmos percentuais da inflação e pouco mais de 1% perdas reais.
Na indústria, 90% das negociações foram com aumentos reais e 3% abaixo. Já no setor de serviços, 76% obtiveram aumentos reais, 12% iguais ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e 12% abaixo.
Dentre as categorias de serviços, os que trabalham em bancos e empresas de seguro privados tiveram o segundo maior percentual de reajuste, com 1,78% de ganho real. O maior índice foi obtido pelo segmento do turismo e hospitalidade, com 1,86%.
Preocupação
Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, os dados apresentados pelo Dieese são positivos, mas trazem à tona a vulnerabilidade da economia brasileira na atualidade. “Felizmente houve sucesso nas negociações salariais. Ao lado do reajuste do salário mínimo, esse aumento salarial acima da inflação foi um dos grandes responsáveis para evitar um vexame no PIB do país em 2011”, afirmou o dirigente, referindo-se aos 2,7% de crescimento do Produto Interno Bruto nacional registrado no ano passado.
Wagner Gomes entende que grande parte do sucesso obtido pelas categorias em 2011 se deve ao recente fortalecimento do movimento sindical no país, com maior organização e presença junto ao dia a dia da classe trabalhadora. Além disso, o presidente da CTB entende que os dados do Dieese reforçam a luta das centrais sindicais por mudanças na política econômica do Brasil.
“Só tivemos algum crescimento no ano passado por conta da exportação de commodities e da força do nosso mercado interno, aquecido por esses reajustes salariais. Precisamos continuar reduzindo os juros, mexer no sistema cambial e enfrentar com inteligência os problemas enfrentados por nossa indústria, para evitar um novo ‘pibinho’”, afirmou o dirigente.
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Portal CTB, com informações da Agência Brasil
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