Foi com estardalhaço e holofotes da mídia que o Governo de Minas anunciou a sua nova política remuneratória para os professores. Com a medida o governo admitiu publicamente, mesmo que sem querer, que durantes os últimos oito anos nada fez pela classe no estado, adotando a sua política de choque de gestão, o que nada mais é do que retirar recursos das políticas sociais e aplicar em iniciativas privadas.
A máscara de um governo autoritário caiu, quando a decisão atropelou uma comissão de trabalho que deveria apresentar no dia seguinte ao anúncio,15 de junho, as propostas de vencimentos básicos e remuneração de todos os servidores estaduais da educação. Sem consultar a comissão o governo adotou as medidas que bem quis, demonstrando, mais uma vez, que não respeita os professores e nem acordos democráticos.
Por fim, foi muito barulho por nada. A nova política remuneratória retira os benefícios que os servidores poderiam adquirir ao longo da carreira, isso sem falar do aumento da jornada de trabalho e a data de 1 de março de 2011 para vigorar os novos salários.
Por tudo isso os professores debatem hoje, dia 17 de junho, a partir das 14h, na praça da Assembléia as propostas e avaliam a possibilidade de uma nova greve.
Gilson Reis
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